terça-feira, 3 de setembro de 2013

Piropos



Quando um borjeço de um marido ou namorado diz à pessoa com quem está a almoçar, para quem queira ouvir, no restaurante, "fazes tanta falta como a fome", depois de passar a refeição toda a pedir coisas:   "dá-me o pão", "passa-me a salada", "preciso de um garfo que o meu caiu", que devemos fazer?

Fingir que não ouvimos ou comentar à letra? Afinal não foi connosco, apenas calhámos a estar ao lado e escutámos.

Não sei o que pensou a pessoa a quem as palavras foram dirigidas, nem o que lhe deu vontade de fazer, porque a mim deu-me vontade de lhe atirar com tudo o que tinha em cima da mesa, à cabeça.

E ainda há quem ande a queixar-se dos piropos que de vez em quando se ouvem na rua.

Vale mais um piropo de um estranho (que não raie a ordinarice) do que um "piropo" destes de um conhecido.




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