segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LIBERDADE RELIGIOSA

Eu sei que a o dia comemorativo da liberdade religiosa, estabelecido pelo Presidente Obama, já passou há quatro dias, mas como é suposto ser para todos os dias, aqui estou eu...

http://iipdigital.usembassy.gov/st/portuguese/texttrans/2014/01/20140116291122.html#axzz2qwxAnvNP

A Liberdade Religiosa é um artigo integrante dos Direitos do Homem, não precisava de um dia, mas se acham por bem estabelecer um dia comemorar, então comemoremos...

Declaração de Princípios da Associação Internacional para a Defesa da Liberdade Religiosa

"Nós cremos que o direito à liberdade religiosa foi dado por Deus e afirmamos que ele se pode exercer nas melhores condições assim que haja uma separação entre os organismos religiosos e o Estado.
Cremos que toda a legislação ou qualquer outra acção governamental que une as organizações religiosas e o Estado se opõe aos interesses destas duas instituições e pode prejudicar os direitos do homem.
Cremos que o governo foi estabelecido por Deus para apoiar e proteger os homens no usofruto dos seus direitos naturais e para regular os assuntos civis; e que, nesse campo, ele tem o direito à obediência respeitosa e voluntária de cada um.
Cremos no direito natural e inalienável do indivíduo à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de ter ou de adoptar uma religião ou uma convicção da sua escolha e de mudá-la segundo a sua consciência; inclui também a liberdade de manifestar a sua religião ou a sua convicção, individualmente ou em comum, quer em público quer em privado, através do culto e da observância dos ritos, das práticas e do ensino, e cada um deve, no exercício desse direito, respeitar esses mesmos direitos para os outros.
Cremos que a liberdade religiosa envolve igualmente a liberdade de fundar e de manter instituições caritativas ou educativas, de solicitar e de receber contributos financeiros voluntários, de observar os dias de repouso e de celebrar as festas conforme os preceitos da sua religião, e de manter um relacionamento com crentes e com comunidades religiosas quer a nível nacional quer internacional.
Cremos que a liberdade religiosa e a eliminação da intolerância e da discriminação fundadas na religião ou na convicção são essenciais para promover a compreensão, a paz e a amizade entre os povos.
Cremos que os cidadãos deveriam utilizar todos os meios legais e honrosos para impedir qualquer acção contrária a estes princípios, de modo a que todos possam desfrutar dos benefícios inestimáveis da liberdade religiosa.
Cremos que o espírito desta liberdade religiosa verdadeira está resumido na regra de ouro: 'Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós.'
Comentário:
"Os Direitos Humanos são universais e como um direito a prática religiosa acabou por ser uma componente da vida contemporânea... não pode nem deve ser excluída da esfera do interesse das autoridades públicas, se bem que o Estado deve permanecer neutral e imparcial perante o exercício das várias religiões, fés e crenças."
Quando a religião se impõe ao Estado, ou vice versa, não são bons os resultados. A nossa história está cheia de exemplos desagradáveis, tanto para um lado como para o outro e pagando por isso o povo.
Quando uma nação que como os Estados Unidos "estabelece" um dia destes, tem noção da necessidade de neutralidade e marca encontros com o chefe da Igreja Católica (http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/renuncia-do-papa/obama-deseja-se-encontrar-com-papa-francisco-diz-porta-voz-da-casa-branca,bd8e5bfb2ec83410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html), não estará a pisar o risco que não deveria pisar?
Ou sou eu que tenho má vontade e estou a ver monstros debaixo da cama?
Ou melhor, estou a ver papas a ditar ordens apoiados por grandes nações, ou grandes nações a por em prática, ideias de papas...
E aí, nessa altura a Liberdade Religiosa será chão que deu uvas...



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